Seja bem vindo!

Sou pároco da Paróquia São Judas Tadeu de Poços de Caldas - Coordeno a Pastoral da Juventude Setor Poços - Diocese de Guaxupé - vivo para servir e sirvo para viver!

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Porque?

Não me pergunte o porquê.
Infelizmente existem perguntas que nunca serão respondidas.
É na busca desesperada de uma resposta que o ser humano vai se formando.
Buscando algo que está fora de mim, busco na verdade o que está dentro.
E dentro está tudo.
Deus é tudo em todos.
É o grande Senhor das perguntas sem respostas.
Porque meu Deus?
Porque dói tanto?
Porque tem que ser assim?
Porque não impediu?
Porque não ajudou?
Porque não poderia ser diferente?
Porque te acho tão humano de repente?
Porque...porque...porque...?
Porque me deu a capacidade de questionar?
Não responda agora, pois assim continuo sendo humano.
Só tu tens palavras de vida eterna.
Dá-me a graça de nunca saber tudo para continuar sempre em contato contigo.
E assim necessitarei eternamente de tuas forças.
Seja meu Deus, para que eu possa ser sua criatura em constante estado de busca.
E no fim descobrirei que buscava só a ti.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Correção Fraterna


Mateus (18, 15-20)
Naquele tempo, Jesus disse a seus discípulos: «Se teu irmão chega a pecar, vai e repreende-o, a sós tu com ele. Se te escuta, terás ganhado teu irmão. Se não te escuta, toma ainda contigo uma ou duas pessoas, para que todo assunto fique testemunhado pela palavra de dois ou três. Se não os ouve, diga à comunidade. E se até à comunidade ele não ouve, seja para ti como um gentio e o publicano. Eu vos asseguro: tudo o que ligardes na terra ficará ligado no céu, e tudo que desligardes na terra será desligado no céu».

A convivência humana está entretida de contrastes, conflitos, devidos ao fato de que somos diferentes por temperamento, pontos de vista, gostos. O Evangelho tem algo a dizer-nos também neste aspecto tão comum e cotidiano da vida. Jesus apresenta o caso de alguém que cometeu algo que é realmente equivocado em si mesmo: «Se teu irmão chega a pecar...». Não se refere só a uma culpa cometida contra nós. Neste último caso é quase impossível distinguir se o que nos move é o zelo pela verdade ou mais o amor próprio ferido. Em todo caso, seria mais uma autodefesa que uma correção fraterna.

Por que diz Jesus: «repreende-o a sós»? Antes de tudo por respeito ao bom nome do irmão, de sua dignidade. Diz: «tu com ele», para dar a possibilidade à pessoa de poder-se defender e explicar suas ações em plena liberdade. Muitas vezes o que a um observador externo parece uma culpa, nas intenções de quem o comete não é. Uma franca explicação dissipa muitos mal-entendidos. Mas isto não é possível quando o problema se leva ao conhecimento de todos.

Qual é, segundo o Evangelho, o motivo último pelo qual é necessário praticar a correção fraterna? Não é certamente o orgulho de mostrar aos demais seus erros para ressaltar nossa superioridade. Nem o de descarregar-se a consciência para poder dizer: «Eu te disse. Eu te adverti! Pior para ti, se não me fizeste caso».

Não, o objetivo é ganhar o irmão. Ou seja, o genuíno bem do outro. Para que possa melhorar e não se encontrar com desagradáveis conseqüências. Se se trata de uma culpa moral, para que não comprometa seu caminho espiritual e sua salvação eterna. Nem sempre depende de nós o bom resultado da correção (apesar das melhores disposições, o outro pode não aceitá-la, fazer-se mais rígido); pelo contrário, depende sempre e exclusivamente de nós o bom resultado... na hora de receber uma correção.

Nem só existe a correção ativa, mas também a passiva; não só existe o dever de corrigir, mas também o dever de deixar-se corrigir. E aqui é onde se vê se é suficientemente maduro para corrigir os demais.

Quem quer corrigir alguém tem de estar disposto a ser corrigido. Quando vês que uma pessoa recebe uma observação e escutas que responde com simplicidade: «Tem razão, obrigado por ter-me dito!», encontras-te ante uma pessoa de valor.

O ensinamento de Cristo sobre a correção fraterna deverá ler-se sempre junto ao que diz em outra ocasião: «Como é que olhas o cisco que há no olho do teu irmão e não repara a trave que há no teu próprio olho? Como pode dizer a teu irmão: “Irmão, deixa que tire o cisco que há em teu olho”, não vendo tu mesmo a trave que há no teu?» (Lucas 6, 41-42).

Em alguns casos não é fácil compreender se é melhor corrigir ou deixar passar, falar ou calar. Por este motivo é importante ter em conta a regra de ouro, válida para todos os casos, que o apóstolo Paulo oferece na segunda leitura (Romanos 13, 8-10) deste domingo: «Com ninguém tenhais outra dívida que a do mútuo amor... A caridade não faz mal ao próximo». É necessário assegurar-se, antes de tudo, de que no coração se dê a disposição de acolhida à pessoa. Depois, tudo o que se decida, seja corrigir ou calar, estará bem, pois o amor «não faz mal a ninguém».

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Porque amamos tanto Maria?


Para se conhecer bem quem é Maria, precisamos ver quem foi Eva, a primeira mulher.
Que a Virgem Maria é a segunda Eva, nos é revelado pelos apóstolos João e Paulo. Basta comprovarmos as seguintes passagens: (Gênesis 3,15) (João 2,4) (Gálatas 4,4) e (Apocalipse 12,1). Vamos agora mostrar que a Virgem Maria, é a segunda Eva. A primeira mulher ouvindo ao demônio (anjo caído), disse não a Deus, trazendo o pecado e a morte a humanidade. A Virgem Maria ouvindo ao anjo de Deus, disse sim a Deus, concebeu e deu a luz a Cristo, vencendo o demônio, trazendo para nós a graça e a vida.

Eva foi desobediente, não teve fé em Deus. A Virgem Maria foi obediente, cheia de fé. Eva é a mãe da nossa natureza pecaminosa, e a Virgem Santíssima, é a mãe da vida na graça. Nossa Senhora restituiu-nos o que Eva perdeu. Portanto Eva á a mulher vencida e a Virgem Maria, é a mulher vencedora (Gênesis 3,15) comparado com Apocalipse 12). Como Eva estava sujeita a Adão, a Virgem Maria está sujeita a Cristo.

E assim como por uma virgem caiu o gênero humano no cativeiro da morte, assim também foi salvo por uma virgem; porque a desobediência virginal, foi compensada em contrapartida por uma obediência virginal.

Reparemos bem que a palavra “mulher” em (João 2,4; 19,26) (Gálatas 4,4) e (Apocalipse 12,1), simboliza a mulher de (Gênesis 3,15). A palavra mulher refere-se à Virgem Maria, a mãe do Messias. A palavra mulher é um título bíblico da Virgem Maria, assim como Jesus foi chamado o Filho do Homem pelo profeta Daniel.

Lembrem-se de (Gênesis 3,15) e (Apocalipse 12), da grande batalha. A geração da serpente, o demônio infernal não chama a mãe de Deus de bem-aventurada, mas procura ferir o seu calcanhar, isto é, diminuir sua grandeza. Há pessoas que dizem que ela é uma mulher como outra . O diabo não combate a Cristo, pois sabe que ele é deus. Combate sua mãe, que foi o meio que o trouxe a Terra.

A única mulher que pode olhar para seu filho, nosso Senhor Jesus Cristo e dizer: “carne da minha carne, sangue do meu sangue, ossos dos meus ossos".


Quando Deus Pai decretou a encarnação de Deus Filho, decretou também a maternidade divina de Maria. Ela é a única que pode ser chamada mãe e esposa de Deus. Maria Santíssima é o templo do Senhor, o sacrário do Espírito Santo. O tabernáculo e a arca da aliança, são figuras da Virgem Maria. Nossa Senhora é o sacrário vivo do Espírito Santo, porque pelo seu poder se tornou a mãe do verbo encarnado. Basta percorrer as páginas do antigo testamento para ver que Deus não habita no meio do pecado.


Quando o pecado entrou no mundo, a Virgem Maria foi pensada, amada e portanto predestinada para ser esposa e templo do Espírito Santo, e mãe do Deus encarnado.
Interessante ainda notar que, Jesus na resposta dada a sua mãe, lhe diz: “que temos nós com isso?”, não disse o que a Senhora tem com isso, ou o que eu tenho com isso, mas sim, o que nós temos com isso (João 2,2-12).


Maria conhecia tão bem seu filho que, sem esperar nenhuma resposta de Jesus, diz aos garçons: “Fazei tudo aquilo que ele vos mandar”


As Grandezas de Nossa Senhora na Bíblia:


Que a Santa Mãe do Divino Salvador tenha recebido de Deus prerrogativas que Lhe são exclusivas, é verdade que se deduz de várias passagens da Bíblia, “A cheia de graça” e “A mais bendita que todas as mulheres” (Lucas 1,28;1,42).


Para provar, vamos percorrer os vários textos sagrados da Bíblia, que a Ela se referem.
Já de início note-se o fato de a Bíblia abrir-se (Gênesis 3,15) e fechar-se (Apocalipse 12,1) sob o signo da mulher vitoriosa e bendita.


Eis os textos áureos do Livro Sagrado:
a) “Porei inimizade entre ti e a Mulher, e entre a tua descendência e a d’Ela. Ela te esmagará a cabeça, e tu tentarás ferir o seu calcanhar” (Gênesis 3,15)
Comentário: o texto acima é a profecia da vinda do Salvador feita por Deus logo após a queda de nossos primeiros pais. Nele, ao grupo dos vencidos (Adão e Eva) Deus contrapõe o grupo dos vencedores (Jesus e sua Mãe). A “descendência da mulher” (no original: sêmen, prole), é, num primeiro plano, Jesus Cristo, seu Filho; e, num segundo plano, são todos os eleitos. - O termo “Ela” se refere diretamente à “prole”, porque será através de Jesus enquanto Homem nascido da Virgem Maria, que o poder tirânico de Satã sobre a humanidade será quebrado. Indiretamente, pois, também, “Ela”, a “Mulher” quebrará a cabeça de Satã. - “Inimizade” indica a incompatibilidade absoluta entre Cristo e sua Mãe de um lado, e Satã e os seus do outro; indica ainda a vitória completa de ambos sobre o Maligno.


b) Dois textos de Isaías: “Eis que a Virgem conceberá e dará à luz um Filho, o Emanuel (Deus conosco)” (Isaías 7,14)."Nasceu-nos um menino. . . Ele será Deus forte. . .” (Isaías 9,5).


c) Outros se S. Lucas: "Ave, ó cheia de graça. . . .” (Lucas 1,28); “. . . darás à luz um Filho, e lhe porás o nome de Jesus; (...) será Filho do altíssimo” (Lucas 1,32); e “Filho de Deus” (Lucas 1,36); “Bendita és tu entre as mulheres; (...) donde me vem a dita de vir a mim a Mãe de meu senhor?” (Lucas 1,43).


Esses textos sagrados destacam as várias grandezas ou prerrogativas de Nossa Senhora:

I – A maternidade Divina: É evidente:


1º) no texto da letra “a”, a descendência da mulher (sêmen, prole) é no primeiro plano, Jesus Cristo. E então a “mulher singular” da profecia é a sua verdadeira Mãe. E como Cristo é de Deus, Ela pode e deve ser chamada Mãe de Deus.
2) - Confirma-se isso com os textos da letra “b” (Isaías 7,14), pois “a Virgem” é predita aí como a verdadeira Mãe do Emanuel (Deus conosco). Portanto, Mãe de Deus.
3) - O mesmo diz os textos da letra “c” (Lucas 1,31-32; 1,42-43), pois aí se declara que Maria Santíssima é a verdadeira Mãe “do Filho do Altíssimo”, “do Filho de Deus” e a “Mãe de meu Senhor”.


- Maternidade Espiritual também: de fato, como no 2º plano, aquela “Mulher” é Mãe da “prole” também no sentido de “descendência”, Maria Santíssima é Mãe espiritual dos remidos. O que o próprio Jesus na Cruz confirmou na pessoa de São João ao dizer à sua Mãe: “Mulher, eis aí o teu filho”. São João então representava a todos os remidos.
-Medianeira também: como é ofício próprio da mãe prover o alimento dos filhos, Maria alcança para os seus filhos espirituais, todas as graças necessárias à salvação; Ela é Medianeira de intercessão e secundária, entre Cristo e nós.
-Argumento de razão: podemos e devemos chamar a Virgem Maria “Mãe de Deus” porque o termo da maternidade não é a natureza, mas a pessoa. E a Pessoa em Cristo é a 2ª da Santíssima Trindade, o Filho. Na Virgem se realiza, pois, este mistério: ser Ela “Mãe de Deus e de Deus filha”. Ela participa do mistério do seu Filho, que é Deus e Homem ao mesmo tempo.

II - A Imaculada Conceição:


Essa prerrogativa é conseqüência da primeira. Destinada a ser Mãe verdadeira e virginal de Cristo-Deus, não podia Ela ter contato com o pecado. Ademais, se a alguém fosse dado escolher a própria mãe, não escolheria a mais virtuosa, a mais pura, a mais santa? De fato, Jesus não só pôde escolher a Sua Mãe, mas fazê-la, pois é Deus. Ele fez, pois, imaculada a sua Mãe, isto é, isenta de toda a culpa original. É a razão de conveniência.


Mas, essa verdade está contida no próprio texto de (Gênesis 3,15), pois aí se prediz que o futuro Salvador e a sua Santa Mãe terão uma inimizade total com Satã, e que lhe imporão derrota total. O que é incompatível com a condição de quem tivesse estado, por um momento sequer, sob o pecado e, pois, sob o Maligno. Pressupõe-se a concepção imaculada, não só de Cristo enquanto homem, mas também de sua Santa Mãe.


III - O Ofício de Corredentora:


Também está contida no citado texto (Gênesis 3,15) a verdade de que aquela Mulher invicta, posta por Deus em total inimizade com o Demônio, ia participar de todos os sofrimentos e lutas do futuro Redentor por nossa Redenção. Realmente a Virgem Maria participou da Paixão de Jesus no grau máximo, sofrendo em união com Ele as dores mais atrozes, e oferecendo-O a Deus Pai como Vítima por nós. Sacrificou-Lhe o seu direito natural de Mãe sobre o Filho. Ela é pois, Nossa Corredentora.

IV - A Assunção Corpórea ao Céu:


A vitória de Cristo sobre Satã, o pecado e a morte foi realizada na Paixão e Morte na Cruz, mas se tornou completa e patente com a sua Ressurreição e Ascensão ao Céu. Ora, o texto do Gênese associa inseparavelmente o Messias e sua Mãe na mesma luta e na mesma Vitória final e completa. Ora, a vitória de Maria Santíssima não seria completa se o seu corpo imaculado e virginal tivesse ficado sujeito à corrupção do sepulcro. Jesus Cristo não o permitiu, elevando-a ao Céu em corpo e alma no fim de sua vida. Assim cumpriu-se plenamente aquela magnífica profecia.


V - A Perpétua Virgindade;


- Respondendo objeções: Os Protestantes não cessam de injuriar a Jesus rebaixando a sua Santa Mãe à condição de uma mulher comum. Vejamos na Bíblia como isso é falso:
1º) No encontro de Jesus no Templo. Jesus aí não argüiu a Sua Mãe por não saber que Ele “devia cuidar dos interesses de seu Pai” (Lucas 2,49). Não era esse o sentido primeiro das suas palavras no contexto. Era antes: “Não sabeis que devo estar no que é de meu Pai?”. Assim, era normal que sua mãe entendesse a resposta no sentido de “ficar morando no Templo”, como Samuel, por exemplo. Por isso S. Lucas afirmou: “Eles não entenderam o que Jesus lhes dissera” (Lucas 2,50).
2º) Em Caná, a Mãe de Jesus Lhe informou ter acabado o vinho. Jesus respondeu usando a expressão semítica: Mulher, “que há entre mim e ti? “ E acrescentou: “A minha hora ainda não chegou” (João 2,4). Não se pode tomar essa expressão no sentido dos nossos idiomas. Ela tem sentido próprio do seu.
Prova: de fato aquela expressão foi usada seis (6) vezes no Antigo Testamento. Ela espera sempre resposta negativa: “não há nada”; uma só vez, ela indica inimizade; as outras vezes, indica que “não há nada” porque estamos de acordo, ou somos amigos. (Cf., para o 1º sentido: (2 Reis 3,13); para o 2º: (2 Sam 16,10; 19, 22); (Juizes 11,12); (1 Reis 17, 18); (2 Crônicas 35,21).
É claro que no caso de Caná, o sentido é de pleno acordo quanto ao fato da providência solicitada, com uma pequena discordância para a oportunidade do mesmo. Daí ter Jesus dito: “a minha hora ainda não chegou”. Mas Ele antecipou a hora, e fez o milagre, atendendo ao intento caritativo de sua Santa Mãe.
Quanto ao apelativo “Mulher”, dizem os entendidos da língua aramaica, a que Jesus falava, que tem um sentido respeitoso equivalente a “Senhora”. Quanto mais na boca de Jesus ao referir-se à sua Santa Mãe! Sobretudo no contexto de Caná e da Cruz, Jesus, o melhor dos Filhos, deve ter-Se dirigido à sua verdadeira e Santa Mãe com acentuado carinho e respeito filiais.
Esse apelativo sugere ainda a lembrança da “Mulher” da profecia de (Gênesis 3,15), não obstante Jesus não chamá-la de Mãe, pois também Jesus, sendo verdadeiro Deus, costumava chamar-Se a Si mesmo “o Filho do homem”, realçando a sua condição de “Messias” ao lado daquela “Mulher” cuja figura Ele e a sua Mãe estavam dando cumprimento.
3ª) Jesus pregava numa casa cheia de gente. Avisam-lhe que lá fora estão sua Mãe e os seus chamados irmãos (primos). Jesus responde: “Minha Mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática” (Lucas 8,21; 11,27-28). É evidente que Jesus não está negando à sua Santa Mãe a honra de ser a primeiríssima entre os que ouvem e põem em prática a palavra de Deus, antes o supõe. É esse o seu principal título de glória. O mesmo se diga de (Lucas 11,27-28).


Porque chamamos Maria, mãe de Deus, em vez de chamar Mãe de Jesus?
Não seria exato dizer que Maria é simplesmente a mãe de um homem, como se sua maternidade se limitasse somente ao lado humano de Jesus.
É preciso deixar claro que Maria gerou o Homem - Deus (Romanos 9,5) (João 1,1) e o verbo se fez carne (João 1,14)... chama-lo-ão por Emanuel (Isaías 7,14), que traduzido é Deus conosco (Mateus 1,23). “Meu senhor é meu Deus” (João 20,28). “E todos os anjos o adoram” (Hebreus 1,6).
Maria é, realmente, mãe de Jesus Cristo, homem e Deus, conforme o testemunho da escritura: (Lucas 1,31; 2,7) (Gálatas 4,4). Diante disto, podemos seguramente, sem sombra de dúvida, rezar a Nossa Senhora, chamando-lhe: “Santa Maria, mãe de Deus”. Porque, dar a luz um filho (Mateus 1,26) (Lucas 2,7), é ser mãe; e, no caso, mãe de uma pessoa dotada de natureza humana e divina.
Maria revestiu o verbo com a sua própria carne. Esse é todo o sentido e o cumprimento das palavras do anjo Gabriel naquele dia...


Para Entender:


Maria da mesma forma, dando natureza humana à natureza divina de Jesus, que é Deus, torna-se a mãe da pessoa de Jesus Cristo, na plenitude de seu ser humano e divino.
Por exemplo: Jesus não disse ao filho da viúva: “a parte de mim que é divina te diz: Levanta-te!”, Jesus manda simplesmente “Eu te digo: Levanta-te”.
Na cruz, Jesus não disse: “minha natureza humana tem sede”, mas exclamou: “tenho sede”.
Para Entender Melhor Ainda:
Nosso Senhor, morreu como homem, pois Deus não poderia morrer na Cruz. Então perguntamos: Nosso Senhor, que morreu como homem , não pagou nossos pecados como Deus? Seus méritos não eram infinitos? Portanto, as duas naturezas de Jesus Cristo não podem ser separadas, pois nunca poderíamos explicar a rendenção fazendo uma distinção tão grande. Portanto Nossa Senhora, Mãe de Nosso Senhor Jesus Cristo, é Mãe de Deus. Ou alguém poderia negar que Nosso Senhor, morrendo como homem, nos redimiu como Deus?
Algumas pessoas ignoram que Lutero e Calvino não negaram o dogma da divina maternidade de Maria.
• Lutero escreveu: “Não há honra, nem beatitude, que sequer se aproxime por sua elevação da incomparável prerrogativa superior a todas as outras, de ser a única pessoa humana que teve um filho em comum com o Pai Celeste”. (Deutsche Schriften, 14,250)
• Calvino escreveu: “Não podemos reconhecer as benções que nos trouxe Jesus, sem reconhecer ao mesmo tempo quão imensamente Deus honrou e enriqueceu Maria, ao escolhê-la para mãe de Deus”. (Comm. Sur I ’Harm. Evang.20).