Seja bem vindo!

Sou pároco da Paróquia São Judas Tadeu de Poços de Caldas - Coordeno a Pastoral da Juventude Setor Poços - Diocese de Guaxupé - vivo para servir e sirvo para viver!

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Viver e não ter a vergonha de ser feliz!!!

O que é, o que é?

Gonzaguinha.

Eu fico
Com a pureza
Da resposta das crianças
É a vida, é bonita
E é bonita...

Viver!E não ter a vergonha
De ser feliz
Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser
Um eterno aprendiz...

Ah meu Deus!
Eu sei, eu sei
Que a vida devia ser
Bem melhor e será
Mas isso não impede
Que eu repita
É bonita, é bonita
E é bonita...E a vida!
E a vida o que é?
Diga lá, meu irmão
Ela é a batida
De um coração
Ela é uma doce ilusão
Hê! Hô!...Mas e a vida
Ela é maravida
Ou é sofrimento?
Ela é alegria
Ou lamento?O que é? O que é?
Meu irmão...
Há quem fale
Que a vida da gente
É um nada no mundo
É uma gota é um tempo
Que nem dá um segundo...
Há quem fale
Que é um divino
Mistério profundo
É o sopro do criador
Numa atitude repleta de amor...
Você diz que é luxo e prazer
Ele diz que a vida e viver
Ela diz que melhor é morrerP
ois amada não é
E o verbo é sofrer...
Eu só sei que confio na moça
E na moça eu ponho a força da fé
Somos nós que fazemos a vida
Como der ou puder ou quiser...
Sempre desejada
Por mais que esteja errada
Ninguém quer a morte
Só saúde e sorte...
E a pergunta roda
E a cabeça agita
Eu fico com a pureza
Da resposta das crianças
É a vida, é bonita
E é bonita...Viver!
E não ter a vergonha
De ser felizCantar e cantar e cantar
A beleza de serUm eterno aprendiz...
Ah meu Deus!
Eu sei, eu sei
Que a vida devia ser
Bem melhor e será
Mas isso não impede
Que eu repita
É bonita, é bonita
E é bonita...

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Desperdício do "NÃO"

Quantas ordens dos pais aos filhos são descumpridas? Que acontece aos filhos desobedientes? A melhor maneira de perder a autoridade é dar ordem que não será cumprida. E esse processo começa na mais tenra idade, quando a criança desobedece aos “nãos” dos pais.
Quantos “nãos” os pais dizem num dia? Numa semana? Durante a infância do filho? São muitos, mas muitos mesmo... Destes, quantos as crianças realmente obedeceram? Todos os demais expressam o desperdício do “não”.
Para recuperar a autoridade essencial á educação, é importante compreender a psicodinâmica da desobediência do “não” e, a partir daí, buscar modificação.
Antes de proibir, é preciso analisar a situação:
· O filho corre forte risco de vida (ser atropelado, brincar com armas, cair perigosamente, pôr na boca produtos tóxicos e venenos, querer acariciar cão bravio e rosnando etc.). Deve ser parado com um “não” forte e incisivo, num grito, enquanto se faz a contenção corporal no braço, na camisa, onde conseguir pegar. È uma emergência, portanto esse deve ser um “não” proibitivo, sem acordos...
· O risco de vida é fraco (brigas sem armas entre irmãos, abuso de jogos/brinquedos/esportes/situações perigosas, radicais ou violentas etc.). O “não” deve ser muito claro e firme, em alta voz, mas sem gritos. Geralmente cabe um acordo e não é tão emergencial. Significa: “Pare (ou cuidado) com isso senão machuca”.
· Filho infringe normas locais em ambientes que requerem comportamento adequado (fura filas, não pára quieto, grita, mexe no que não deve, faz bagunça, incomoda outras pessoas, provoca crianças ou animais de estimação dos outros etc.).
· O filho atrapalha ou incomoda pessoas que precisam comportar.
Então o pai e a mãe devem refletir:
· Se dizer o “não” muito mais por motivos pessoais (impaciência, falta de desinteresse, preguiça, para agradar as visitas) que para educar os filhos.
· E é realmente necessário dizer “não”, pois se falta convicção ele predispõe á desobediência.
A criança que desrespeita o “não” da mãe tende a desrespeitar o “não” de outras pessoas. Além do mais, desenvolve a incapacidade de se controlar, isto é, não consegue dizer “não” a si mesma.
A criança que costumar desacatar o “não” torna-se voluntariosa, impulsiva, instável, imediatista e intolerante, prejudicando os outros e também a si própria. Sua personalidade fica tão frágil que não suporta ser contrariada. Daí insistir, fazer birras e chantagens para conseguir o que quer.
È uma criança infeliz, pois nunca sai satisfeita. Despreza logo o que custou tanto conseguir. O brinquedo que ela “mais queria” é jogado fora sem remorso. Em seguida volta a usar o esquema que todos conhecem para obter outro “sonho da sua vida”. È assim que os pais criam as “crioncinhas”, que depois se transformam em “aborrecentes” não só em casa mas também na escola e sociedade.
Por Içami Tiba

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Liderança é uma tremenda resposanbilidade

Reflita por um momento sobre todos os diferentes papeis de liderança que uma pessoa pode assumir ao longo da vida: gerente, cônjuge, pai, mãe, treinador, professor, pastor, padre e muitos, muitos outros.
Quando nos “alistamos” para ser líder, nos dispomos a assumir uma tremenda responsabilidade. Afinal, seres humanos são confiados aos nossos cuidados e há muita coisa em jogo. Nunca deixo de me espantar com a maneira indiferente e descuidada com que as pessoas lidam com seus papéis de liderança.
Trata-se de uma decisão pessoal e intransferível. A priori, ninguém nos coage a casar ou ser pai e mãe, ou mesmo a receber o cheque de pagamento no final do mês. Da mesma forma que entramos por livre e espontânea vontade, temos toda liberdade para sair. Em suma, nós nos colocamos á disposição de algo grandioso... e muito importante.
Pense a respeito da tremenda responsabilidade de um gerente. Os funcionários passam mais tempo acordados com ele e uns com os outros do que com suas famílias. Além disso, suas carreiras foram confiadas a ele. Serão pessoas melhores em conseqüência dessa convivência com o líder? Ficarão inspiradas a fazer o que é certo e desenvolver positivamente seu caráter?
O supremo teste de liderança é responder positivamente a esta pergunta: cada um desses profissionais vai crescer e se desenvolver em conseqüência da influencia do líder?
E o que dizer de um padre, pastor, professor, treinador ou rabino? Já teve uma pessoa que influenciou de uma maneira positiva ou negativa pelo resto da sua vida? Eu já tive. Como lideres, precisamos refletir sobre o impacto que causamos na vida de outras pessoas e a responsabilidade inerente a essa posição de confiança.A maneira como nos comportamos como chefe afeta o que acontece á mesa do jantar. Qualquer um que já teve um mau chefe pode compreender o que estou falando. Como gosta de dizer Max Depree, autor de Liderança é uma arte: “Liderança é uma profunda interferência na vida de outras pessoas.
Por James C. Hunter.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Educar é...

Educar é viajar pelo mundo do outro sem nunca penetrar nele. È usar o que passamos para nos transformar no que somos. O melhor educador não é o que controla, mas o que liberta. Não é o que aponta erros, mas o que os previne. Não é o que corrige comportamentos, mas o que ensina a refletir. Não é o que enxerga o que é tangível aos olhos, mas o que vê o invisível. Não é o que desiste, mas o que estimula a começar tudo de novo.
O excelente educador abraça quando todos rejeitam, anima quando todos condenam, aplaude os que jamais subiram ao pódio, vibra com a coragem de disputar dos que ficaram nos últimos lugares. Não procura o brilho, mas se faz pequeno para tornar seus filhos, alunos e colegas de trabalho grandes.
O excelente mestre não é o que mais sabe, mas o que mais tem consciência do quanto não sabe. Não é o viciado em ensinar, mas o mais ávido em aprender. Não é o que declara seus acertos, mas o que reconhece suas próprias falhas. Não é o que deposita informação na memória, mas o que expande a maneira de ver, de reagir e de ser. Educar é a tarefa intelectual mais fascinante e, ao mesmo tempo, a que mais revela impotência.
Por Augusto Cury

terça-feira, 24 de junho de 2008

Bom catequista X Catequista fascinante

1. Bons catequistas são eloqüentes, catequistas fascinantes conhecem o funcionamento da mente

Este hábito dos catequistas fascinantes contribui para desenvolver no crismando: capacidade de gerenciar os pensamentos, administrar as emoções, ser líder de si mesmo, trabalhar perdas e frustrações, superar conflitos.

Bons catequistas têm um bom conhecimento da doutrina cristã e transmitem com segurança e eloqüência as informações nos encontros de crisma. Os catequistas fascinantes ultrapassam essa meta. Eles procuram conhecer o funcionamento da mente dos jovens para catequizar melhor. Para eles, cada crismando não mais um jovem, mas um ser humano complexo, com necessidades peculiares.
Os catequistas fascinantes transformam a informação em conhecimento e o conhecimento em experiência.
Toda e qualquer tipo de educação passa por uma crise sem precedentes. Os jovens estão alienados, não se concentram, não têm prazer em aprender e são ansiosos. O palco da mente das jovens de hoje é diferente dos jovens do passado. A qualidade e a velocidade dos pensamentos mudaram. O catequista fascinante precisa entender a mente do jovem e procurar respostas incomuns, diferentes daquelas a que eles estão acostumados.

A síndrome SPA (Sindrome do Pensamento Acelerado)

A televisão mostra mais de sessenta personagens por hora com as mais diversas características e personalidade. Essas imagens são registradas na memória e competem com a imagem dos pais e professores. Os catequistas perdem a capacidade de influenciar no mundo psíquico dos jovens. Seus gestos e palavras não têm impactos emocionais e, conseqüentemente, não sofrem um arquivamento privilegiado capaz de produzir milhares de outras emoções e pensamentos que estimulam o desenvolvimento da inteligência. Freqüentemente é preciso gritar para obter o mínimo de atenção.
A ansiedade da SPA gera uma compulsão por novos estímulos, numa tentativa de aliviá-la. Embora menos intenso, o principio é o mesmo que ocorre na dependência de drogas. Os usuários de drogas usam sempre novas doses para tentar aliviar ansiedade gerada pela dependência. Quanto mais usam, mais dependentes ficam.
Os portadores de SPA adquirem uma dependência por novos estímulos. Eles agitam na cadeira, têm conversas paralelas, não se concentram, mexem com os colegas.


2. Bons catequistas possuem metodologia, catequistas fascinantes possuem sensibilidade

Este hábito dos catequistas fascinantes contribui para desenvolver: auto-estima, estabilidade, tranqüilidade, capacidade de contemplação do belo, de perdoar, de fazer amigos e de socializar.

Bons catequistas falam com a voz, catequistas fascinantes falam com os olhos. Bons catequistas são didáticos, catequistas fascinantes vão além. Possuem sensibilidade para falar ao coração dos crismandos.
Seja um catequista fascinante. Fale com uma voz que expresse emoção. Mude de tonalidade enquanto fala. Assim, você cativará a emoção, estimulará a concentração e aliviará a SPA dos jovens. Eles desacelerarão seus pensamentos e viajarão no mundo de suas idéias.
Um catequista fascinante é mestre da sensibilidade. Ele sabe proteger a emoção nos focos de tensão. Isso significa não deixar que a agressividade e as atitudes impensadas dos seus crismandos roubem a sua tranqüilidade. Entende que os fracos excluem, os fortes acolhem, os fracos condenam, os fortes compreendem. Ele procura acolher cada jovem e compreende-lo, mesmo os mais difíceis.
Os catequistas são insubstituíveis porque a gentileza, a solidariedade, a tolerância, a sensibilidade, os sentimentos altruístas, enfim, todas as áreas da sensibilidade não podem ser ensinadas por máquinas, e sim por seres humanos.

3. Bons catequistas educam inteligência lógica, catequistas fascinantes educam a emoção.

Este habito de catequistas fascinantes contribui para desenvolver: segurança, tolerância, solidariedade, perseverança, proteção contra estímulos estressantes, inteligência emocional e interpessoal.

Bons catequistas ensinam seus crismandos a explorar o mundo em que estão do imenso espaço ao pequeno átomo. Catequistas fascinantes ensinam os jovens a explorar o mundo que são, o seu próprio ser. Sua educação segue as notas da emoção. A emoção pode transformar ricos em paupérrimos, intelectuais em crianças, poderosos em frágeis seres.
Eduque a emoção com inteligência. E o que é educar a emoção? È estimular o jovem a pensar antes de reagir, a não ter medo do medo, a ser líder de si mesmo, autor da sua história, a saber filtrar estímulos estressantes e a trabalhar não apenas com fatos lógicos e problemas concretos, mas também com contradições da vida. Educar a emoção também é se doar sem esperar retorno, ser fiel á sua consciência, extrair prazeres dos pequenos estímulos da existência, saber perder, correr riscos para transformar os sonhos em realidade, ter coragem para andar por lugares desconhecidos.
Infelizmente mergulhamos na sociedade sem qualquer preparo para viver. Somos vacinados desde a infância contra vírus e bactérias, mas não recebemos nenhuma vacina contra as decepções, frustrações e rejeições. Quantas lagrimas, doenças psíquicas, crises no relacionamento e até suicídios poderiam ser evitados com a educação da emoção. Temos que formar jovens que tenham uma emoção rica, protegida e integrada.

4. Bons catequistas usam a memória como deposito de informações, professores fascinantes usam-na como suporte da arte de pensar

Este hábito dos catequistas fascinantes contribui para desenvolver: pensar antes de reagir, expor e não impor as idéias, consciência crítica, capacidade de debater, de questionar e de trabalhar em equipe.

Bons catequistas usam a memória como armazém de informações, catequistas fascinantes usam a memória como suporte da criatividade. Bons catequistas cumprem o conteúdo programático dos encontros, catequistas fascinantes também cumprem o conteúdo programático, mas seu objetivo fundamental é ensinar os crismandos a serem pensadores e não repetidores de informações.
A educação clássica trasnformou a memória humana num banco de dados. A memória não tem essa função. Ocupamos um espaço precioso da memória com informações pouco úteis e ate inúteis. O objetivo da memória não é dar suporte para a lembrança, mas para a reconstrução criativa do passado. A memória clama para que o ser humano seja criativo, mas a educação clássica clama para que seja repetitivo. A memória humana é um canteiro de informações e experiências para que cada um de nós produza um fantástico mundo de idéias. Aonde chegamos depende do quanto libertamos a arte de pensar.
Os encontros de crisma deveriam promover a criatividade, estimular o desenvolvimento do livre pensamento, cultivar o raciocínio, expandir a capacidade de argumentação dos crismandos. Temos de estimular nossos jovens a abrir as janelas da mente, a ter ousadia para pensar, questionar, debater, romper paradigmas. Catequistas fascinantes formam pensadores que são autores da sua história.

5. Bons catequistas são mestres temporários, catequistas fascinantes são mestres inesquecíveis.

Este hábito dos catequistas fascinantes contribui para desenvolver: sabedoria, sensibilidade, afetividade, serenidade, amor pela vida, capacidade de falar ao coração, de influenciar pessoas.

Um bom catequista é lembrado no tempo da crisma. Um catequista fascinante é um mestre inesquecível. Um bom catequista procura os crismandos, um catequista fascinante é procurado por eles. Um bom catequista é admirado, um catequista fascinante é amado.
Ser um mestre inesquecível é formar seres humanos que farão diferença no mundo. Seu testemunho marca para sempre a memória de seus jovens. O tempo pode passar e as dificuldades podem surgir, mas as sementes de um catequista fascinante jamais serão destruídas. Temos o exemplo de Jesus. As sementes que ele plantou nos solos da memória dos seus discípulos inspiraram a inteligência, libertaram a emoção, romperam o cárcere do medo, fizeram dos jovens galileus, tão despreparados da vida, uma casta de finos pensadores. Jesus se tornou o mestre inesquecível porque arejou a mente humana com a habilidade de pensar. Nunca alguém tão grande se fez tão pequeno para tornar grandes os pequenos.
Seja um catequista fascinante. Inspire a inteligência dos seus crismandos, leve-os a enfrentar seus desafios e não apenas a ter cultura informativa. Estimule-os a gerenciar seus pensamentos e a ter um caso de amor com a vida.
Transmita sua experiência de vida. As experiências são cravadas no coração.

6. Bons catequistas corrigem comportamentos, catequistas fascinantes resolvem conflitos nos encontros de crisma

Este hábito dos catequistas fascinantes contribui para desenvolver: superação da ansiedade, resolução de crises interpessoais, socialização, proteção emocional, resgate da liderança do eu nos focos de tensão.

Bons catequistas corrigem o comportamento agressivo do crismando. Catequistas fascinantes resolvem conflitos nos encontros de crisma. Entre corrigir comportamentos e resolver conflitos há uma distância maior que do que imaginamos. Resolver conflitos durantes os encontros é um tema novo em nossa realidade.
Em primeiro lugar é preciso conhecer a síndrome SPA. Em segundo, os catequistas necessitam proteger sua emoção diante do calor dos conflitos dos crismandos, caso contrario, um atrito poderá desgastá-lo profundamente. Em terceiro lugar, diante de qualquer atrito, ofensa ou crise entre os crismandos ou dos crismandos com o catequista, a melhor resposta é não dar resposta alguma. Nos primeiros trinta segundos em que estamos tensos, cometemos nossos piores erros, nossas piores atrocidades. No calor da tensão, seja amigo do silêncio, respire fundo.
Por que usar a ferramenta do silêncio? Porque emoção fecha o território da leitura da memória, obstruindo a construção de cadeias de pensamentos. Deste modo, reagimos por instinto, como animais, e não com a inteligência.
Em quarto lugar, não procure dar lição de moral em foi agressivo. Este procedimento é usado desde a idade pedra e não é eficaz, não gera um momento educacional, pois a emoção do agressor está tensa, e sua inteligência, obstruída.
O que fazer? Surpreenda seus alunos. Leve-os a pensar, a mergulhar dentro de si mesmos, a se confrontar consigo mesmos. Não é uma tarefa fácil, mas é possível. Se o jovem for agressivo, seja bondoso. Se ele gritar, fale normalmente e educação. Assim você irá surpreendê-lo. O afeto e a inteligência curam as feridas da alma.

7. Bons catequistas educam para o sacramento da crisma, catequistas fascinantes educam para a vida


Este hábito dos catequistas fascinantes contribui para desenvolver: solidariedade, superação de conflitos psíquicos e sociais, espírito empreendedor, capacidade de perdoar, de filtrar estímulos estressantes, de escolher, de questionar, de estabelecer metas.

Um bom catequista prepara seus jovens para o sacramento da crisma, um catequista fascinante os educa para a vida. Catequistas fascinantes são cristãos revolucionários. Os mestres fascinantes podem ser desprezados e ameaçados, mas sua força é imbatível. São incendiários que inflamaram a sociedade e a comunidade com o calor da sua inteligência, compaixão e singeleza. São fascinantes porque são livres, são livres porque pensam, pensam porque amam solenemente a vida.
Os catequistas fascinantes são promotores de auto-estima. Dão uma atenção especial aos alunos desprezados, tímidos e que recebem apelidos pejorativos. Como poetas, estendem a sua mão e mostram-lhes sua capacidade interior. Estimulam-nos a usar a dor como adubo para seu crescimento. Deste modo os catequistas preparam os jovens para sobreviver nas tormentas sociais.
Os catequistas fascinantes objetivam que seus alunos sejam lideres de se mesmos. Proclamam de diversas formas em sala de aula aos seus crismandos: “Que vocês sejam grandes cristãos. Dêem testemunho, não tenham medo de falhar. Se falharem, não tenham medo de chorar. Se chorarem, repensem a sua vida, mas não desistam. Dêem sempre uma nova chance a si mesmos.”
Digam também aos jovens nas suas maiores tribulações: “Os perdedores vêem os raios. Os vencedores vêem a chuva e com ela a oportunidade de cultivar. Os perdedores paralisam-se diante de suas perdas e frustrações. Os vencedores vêem a oportunidade de mudar tudo de novo. Nunca desistam de seus sonhos.”
Prepare seus crismandos para explorarem o desconhecido, para não terem medo de falhar, mas medo de não tentar. Ensine-os a conquistar experiências originais, através da observação de pequenas mudanças e da correção de grandes rotas.
Leve os jovens a ter flexibilidade no trabalho e na vida, pois só não muda de idéia quem não é capaz de produzi-la. Leve-os a extrair de cada lágrima uma lição de vida.
Baseado no livro "Pais brilhantes, professores fascinantes" do Psiquiatra, cientista e autor Augusto Cury. pags 57 a 81.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Jovens filosofando: loucura ou sanidade?!


Francisco Nogueira Gonçalves – Professor de Filosofia do Estado de São Paulo



Foi aprovada, recentemente no Brasil, no dia sete de julho de 2006, a obrigatoriedade da Filosofia como disciplina específica dos currículos do Ensino Médio. A aprovação do Projeto de Lei (Ministério da Educação/CNE - Parecer nº 38/2006) está acompanhada de uma série de questões, ou seja, o quadro em que se insere a disciplina Filosofia continua problemático. Algumas perguntas são pertinentes: que prestígio tem essa disciplina diante de alunos que buscam no Ensino Médio o caminho para a aprovação no vestibular ou, mesmo para aqueles educandos que não poderão prestar vestibular porque deverão ingressar no mercado de trabalho como forma de sobrevivência? Qual o sentido da Filosofia, quando o mundo está mergulhado em questões de eficiência, de resolução de problemas concretos, de tecnologias avançadas capazes de produzir cada vez mais informação em menos tempo? Por que o aluno do ensino médio deve ter acesso aos conhecimentos de Filosofia? Qual a importância de tais conteúdos para a formação e vida destes estudantes? E a mais freqüente: qual a utilidade da Filosofia?
Muitas pessoas já disseram: “A filosofia é a ciência pela qual e sem a qual o mundo permanece tal e qual”, ou “o filósofo é uma pessoa em um quarto escuro, com vendas nos olhos procurando um gato preto que não está lá”. Zombarias a parte, realmente a filosofia não possui utilidade comercial. Ninguém chega a uma loja e pede: “Veja para mim dois quilos de Categorias a priori de Kant, por favor!” ou “Qual o preço da tolerância religiosa de Voltaire?”. Se as pessoas estão visando lucro por meio dos conhecimentos filosóficos ficarão de mãos atadas.
As idéias e problemas da Filosofia não são inúteis, como muitos pensam, mas são coisas vivas que não servem simplesmente para que o jovem se forme, arranje bom emprego, tenha uma casa e um carro e morra tranqüilamente com idade avançada. O ser humano é muito mais que isso. A Filosofia estimula a pessoa a sair da mediocridade e a não falar “as coisas são assim mesmo”, mas dizer “as coisas não podem ser assim”. Essa ciência pode mostrar aos jovens como viver melhor, analisando sempre a brevidade da vida. Pode mostrar que a vida também é preciosa demais e difícil demais para que nos resignemos a vivê-la de qualquer jeito. Mas qual é o caminho percorrido pela filosofia para que o jovem encontre as conclusões supracitadas?
Primeiramente, ela estimula um olhar para si, algo que poucas pessoas fazem atualmente, pois têm medo do autoconhecimento tão necessário para a auto-educação e auto-realização. E, depois de estimular as pessoas a “olharem-se no espelho”, a filosofia motiva o pensar com autonomia. Meu Deus! Como carecemos de novos pensadores, de pessoas que rompam com os preconceitos, dogmas e paradigmas e que, além de refletir, possuam uma atitude revolucionária.
Alguns afirmam que “filosofia é coisa de louco”. Um aluno meu perguntou-me certa vez: “A filosofia está associada à loucura?”. Achei uma das mais brilhantes perguntas que já fizeram para mim, pois a resposta é interessante. Respondi a este jovem que se a loucura estava ligada a não aceitar as coisas como são, a ser crítico, a ser apaixonado pela verdade e, se necessário, morrer por um ideal, sim, a filosofia está associada à loucura. Percebemos estas características nos grandes homens da história: Sócrates, Aristóteles, Santo Agostinho, Descartes, Galileu, Luther King, Gandhi (e tantos outros) e o maior de todos, Jesus Cristo.
Sócrates dizia que “uma vida sem busca não é digna de ser vivida”: isto significa que o sentido de uma vida se faz por meio de uma procura consciente de construção de sua própria história. Por isso que, uma das principais funções da filosofia é fazer com que o adolescente perceba que ele faz parte da história, que ele tem uma história, que ele é construtor da sua própria história e que, principalmente, deve-se sempre ser fiel à própria consciência.
Portanto, trabalhando a Filosofia com seu real potencial, será possível conduzir o jovem ao desenvolvimento intelectual e desenvolvimento do pensamento criativo, reflexivo e intencional, para poder dizer “não” a todo tipo de alienação, pois a Filosofia é um questionamento radical das coisas onde se busca as verdades primeiras e últimas, mas também é, e talvez antes de mais nada, crítica das ilusões, dos preconceitos, das ideologias. Toda filosofia é um combate. Sua arma? A razão. Seus inimigos? A tolice, o fanatismo, o obscurantismo. Seus aliados? As ciências. Seu objeto? O todo, com o homem dentro. Ou o homem, mas no todo. Sua finalidade? A sabedoria: a felicidade, mas na verdade. É uma pena que tantos ainda tenham receio de aceitar a “semente perturbadora da paz” da Filosofia.


Francisco Nogueira Gonçalves – Professor de Filosofia do Estado de São Paulo